quinta-feira, janeiro 29, 2009

Eu sou do Benfica (sempre fui) …

…nem mesmo o Garfield com a camisa do FCP, que a minha avó me ofereceu num Natal passado me tirou da ideia o glorioso. Quando fui estudar para Lisboa, vivi em Benfica (tirando 3 meses de experiência na Amadora); da minha varanda, um sétimo andar de 3 assoalhadas via-se as luzes do estádio. Nunca fui aficionada; do género de mudar de humor, porque o Benfica perde; ou porque não marca o golo que devia ter marcado. A minha relação com o Benfica é de família. O meu avô era benfiquista. Na sua casa, aonde volto de ano a ano e, sempre que posso, há quatro fotografias na parede: uma da montanha do Pico, outra dele, outra da minha avó e uma amarelada, que mostra a quem quiser ver, os “Magriços” de 1966, onde está o Benfica e mais quatro jogadores (sete do Benfica, mais um do Belenenses, três do Sporting). Por isso, nomes como Coluna, Jaime Graça, José Augusto, Eusébio, Torres e Simões foram pessoas presentes, com quem fomos crescendo, verão após verão; sempre, mais ou menos iguais, nas mesmas posições, pendurados na parede lá de casa, perto da montanha do pico, à qual não é que prestássemos (ou prestemos) qualquer tipo de veneração, mas com a qual nos fomos habituando a conviver. Como ela, assim estava o Benfica. Presente. Fui ao estádio da Luz umas quantas vezes. Fã do Isaías. Era meu vizinho em Benfica o Sr. Santana e na “Roda”, que era uma cervejaria (que ainda deve existir) no canto em baixo da Avenida do Uruguai, encontrava muitas vezes jogadores do glorioso. Aqui em casa todos, com excepção da minha mãe, são do Benfica. A minha mãe é da Académica. Temos toda a espécie de cachecóis e barretes; assistimos aos jogos. Eles mais aos saltos do que eu. Mas, assistimos.
Raramente me atrevo a discutir futebol, mas quando o Benfica ganha, sou campeã também…
Tenho com o Benfica essa relação de afecto que me é difícil descrever. O meu escritor favorito vivia em Benfica e escreve sobre Benfica e o Benfica e as palmeiras de Benfica. Não gosto do que ele escreve porque ele é de e do Benfica. Fica para outra crónica explicar porque que é que eu leio António lobo Antunes. Importa dizer que nunca li a biografia do Mourinho e embirro substancialmente com o Vítor Baía. Nunca morri de amores por nenhum jogador do Benfica; não tive posters deles no meu quarto; não coleccionei caricas, mas tenho com os meus irmãos, cada um, a sua cadernetas de cromos. Gosto de vermelho.
Sou do Benfica sempre fui…E grito golo quando a bola entra na baliza.

Será possível? ou Como se escreve o feminino de cavalo em espanhol?

Será que vivemos numa nação em que é possível chegar a primeiro-ministro forjando e falsificando diplomas académicos?
Será que vivemos numa nação em que é possível chegar a primeiro-ministro solicitando, pedindo ou aceitando, “luvas” ou outros acessórios?

Será que vivemos numa união em que é possível levantar razoável suspeita sobre o primeiro ministro de uma outra nação, dessa mesma união, só porque esse primeiro ministro não foi célere em ajudar na arquivação de um processo de um cidadão especial conhecido como pai de uma tal menina Kate McCann, tragicamente “assassinada” no Allgarve?

terça-feira, janeiro 27, 2009

Acabei de fazer um cruzeiro e adorei!

Estávamos no meio de uma reunião, nada importante. Discutíamos a nossa ETAR e os investimentos necessários para 2009. A minha colega explicava algo que eu não estava a perceber e dirigiu-se à janela para apontar a estrutura em discussão. Quando chegou à janela começou, de repente, a guinchar e a pular, todas as suas partes a saltarem em diferentes direcções, como se tivesse descoberto o amante perfeito. Pensei que tivesse repentinamente enlouquecido, ou que um rato lhe tivesse subido pela saia acima, ou coisa assim. Depois guinchou, - Golfinhos! Milhões de golfinhos! -. Timidamente aproximei-me da janela e, believe it or not, não eram milhões mas eram muitos.
Foi muito agradável, assim do nada, estar, numa manhã solarenga de Janeiro, a testemunhar um “cardume” de golfinhos aos pulos e saltos. Num fechar de olhos, não estava num gabinete de trabalho mas sim num cruzeiro, e achei estranho a minha colega não estar de biquíni. Debruçados no varandim ficamo-nos consolando, até ao fim do espectáculo. Por fim a minha colega ficou de varanda a fumar um cigarro como se tivesse acabado de passar por uma experiencia singular e a nossa reunião deu-se por terminada.

Fragmentos de Ana de Sousa

Visto de São Jorge

segunda-feira, janeiro 26, 2009

sexta-feira, janeiro 23, 2009

Gente de Panjin - capital de Goa 3

Vendedora de côcos

Rapaz à saída da missa



Amigas da escola


Mãe e filho




terça-feira, janeiro 20, 2009

Gente de Panjin - Capital de Goa 2

Mãe e filha

Homem


Mulher



Descoberta histórica

Grupo de antropologistas descobre tribo isolada que nunca ouviu falar de Barak Obama. A tribo, que não reconheceu nem o nome, nem a imagem do ícone da mudança, ficou muito orgulhosa e cheia de esperança pelo facto de um afro-americano ter chegado a uma casa pintada de branco.
A referida tribo, que vive uma sociedade matriarcal, conseguiu, através de descrições picturais fazer uma apresentação do seu património histórico em que demonstraram ser, também, uma sociedade aberta a minorias e oprimidos tendo mesmo contado que terão tido, por volta do ano do segundo sol após a sexta lua, um rei homossexual, que acabou assassinado pelo amante que queria ser rainha.

segunda-feira, janeiro 19, 2009

Sobre Sócrates como curandeiro da recessão

" O País precisa de um médico e Sócrates foi um delegado de propaganda médica. Só trazia amostras e prendinhas."

José Adelino Maltez, professor de Ciência Política, Visão, 8 de Janeiro de 2009

Soneto Presente

"Não me digam mais nada senão morro
aqui neste lugar dentro de mim
a terra de onde venho é onde moro
o lugar de que sou é estar aqui.

Não me digam mais nada senão falo
e eu não posso dizer eu estou de pé.
De pé como um poeta ou um cavalo
de pé como quem deve estar quem é.

Aqui ninguém me diz quando me vendo
a não ser os que eu amo os que eu entendo
os que podem ser tanto como eu.

Aqui ninguém me põe a pata em cima
porque é de baixo que me vem acima
a força do lugar que for o meu"

José Carlos Ary dos Santos

domingo, janeiro 18, 2009

A jardinização da política portuguesa ou o sr. Silva deve, em tempos, ter tido uma namorada dos Açores que lhe pôs os cornos

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" Desde 1976 que existe a tradição protocolar de o Chefe de Estado dar os parabéns ao líder eleito do Governo Regional - e sendo Cavaco Silva alguém sempre muito apegado a formalismos institucionais, depressa se conclui que teria de haver uma mensagem de felicitações do Presidente perdida nalgum gabinete. " Nos três dias seguintes, procurámos por todo o lado, vimos todas as máquinas de fax, verificámos todas as caixas de e-mail e até fomos ver se teria chegado algum telegrama. Não queríamos acreditar, mas a verdade é que não chegara nada de Belém", garante à Visão fonte próxima de Carlos César.
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Contactado pela Visão, Fernando Lima, assessor de imprensa de Cavaco Silva, afirmou desconhecer se houve, ou não, lugar a felicitações presidenciais no dia 19 de Outubro. O certo é que, no próprio sítio online da Presidência, não se encontra qualquer menção à vitória socialista nas regionais. Do item das mensagens enviadas pelo Chefe de Estado constam, entre outros, envios de felicitações a Nino Vieira pelo triunfo nas legislativas da Guiné-Bissau, a José Eduardo dos Santos "pelo modo como decorreram as legislativas em Angola" e a três políticos luso-descendentes pela sua eleição para o Congresso americano. Há, ainda, condolências às famílias do escritor Alçada Baptista e da actriz Milú e os parabéns de Belém a Cristiano Ronaldo pela conquista da Bola de Ouro. Sobre Carlos César, nem uma palavra ou cumprimento. "
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Tiago Fernandes, Visão, 8 de Janeiro de 2009

sábado, janeiro 17, 2009

Sobre La Féria e sobre Portugal

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"Mesmo que a redução de uma maravilha do teatro musical (West Side Story) ao Sabadabadu não seja grave, é um sintoma da tendência nacional para emprestar a tudo o que toca um peculiar toque de amadorismo, um ar de pastiche desajeitado do que se faz "lá fora". Cá dentro faz-se o que se pode e, pelo que se constata nos espectáculos, nas artes, nas letras, na arquitectura e, se quisermos alargar o leque, na economia ou na política, não se pode grande coisa. Grosso modo, o País está para o mundo civilizado como o carnaval de Ovar está para o do Rio, uma imitação ingénua que, não obstante, chega e sobra para nos consolar."
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Opinião, Alberto Gonçalves, Sociólogo, Sábado, 8 de aneiro de 2009

Natural(mente)

Aqui há dias li numa entrevista que Berta Cabral deu à Lusa, esta afirmação: "[...] As coisas vão acontecendo naturalmente. Ás vezes aceitamos outras declinamos. Houve outros desafios que rejeitei e talvez não saibam mas fui convidada para ser presidente do Parlamento Regional em 1998.[...]"(Lusa, 22de Dezembro) Ontem, no primeiro dia de mais um congresso do PSD/A ouvi confirmar o que já anteontem se noticiava: Humberto Melo será o próximo Secretário Geral do PSD/Açores. naturalmente...Espero que mais naturalmente do que ser Presidente da Assembleia, em 1998, depois da sua companheira, ter rejeitado o convite, e 1998 não ter sido ano de eleições, nos Açores.

quinta-feira, janeiro 15, 2009

O saber não ocupa espaço


Daqui

Trombalazana
"Seria uma santanada, se a língua portuguesa fosse plástica como o brasileiro ou o castelhano do México: neste país diz-se "cantiflar", falar sem dizer nada, como em homenagem a Cantiflas, popular actor cómico. Trombalazana não quer dizer nada, mas fica porque Vasco Santana tinha com o público uma empatia que seria repetida no cinema 25 anos mais tarde por António Silva.(...) Durante o PREC, a famosa atriz Beatriz Costa, que participava também em a Canção de Lisboa, lançou então um livro de memórias cujo título lembrava, por escárnio, as saudades dos tempos antigos: Quando os Vascos eram Santanas."
Ferreira Fernandes-João Ferreira,
"Frases que fizeram a História de Portugal", Lisboa, Esfera dos Livros, 2ª edição, Fevereiro de 2006, pág. 212.

"Quando permitimos que, à custa de uma boa ideia, que são os minibus usados antes na Terceira, e da reorganização da rede de transportes colectivos de passageiros se construa uma central rodoviária que vai colocar ao lado do Convento da Esperança no mínimo 70 autocarros por dia… Quando se olha tudo isso,e por mais que os do costume espalhem os elogios, eu cá acho que a política da edil é uma “trombalazana”. ("Trombalazana", Francisco César, Açoriano Oriental, hoje).

Afinal quem inventou a palavra foi Vasco Santana. Numa pesquisa rápida na internet, encontramos a palavra "trombalazana" em diversos contextos. De todos,o que achei mais engraçado foi o de um blogue chamado Trombalazanas. O autor escreve:
"Os elefantes nunca esquecem. E, como tal, decidi criar este blog. Se por acaso
me esquecer ao menos fica escrito."

Verdade.

Alergias

Na parede desenhou um botão.
Depois pintou-o de vermelho. Perigo, escreveu.
Carregou no botão e desapareceu.
No chão de alcatifa meia centena de ácaros brincavam às escondidas entre as aparas de lápis e bocados de papel azul. Alguns esconderam-se nos afiadores. Deles fizeram casa com janela.
José Manuel dos Santos nunca mais voltou. Era dado a alergias.

quarta-feira, janeiro 14, 2009

Gente de Panjin - Capital de Goa 1

Vendedor de fruta

Menina vai para a escola


terça-feira, janeiro 13, 2009

quarta-feira, janeiro 07, 2009

Iluminado

I believe that banking institutions are more dangerous to our liberties than standing armies. If the American people ever allow private banks to control the issue of their currency, first by inflation, then by deflation, the banks and corporations that will grow up around [the banks] will deprive the people of all property until their children wake-up homeless on the continent their fathers conquered. The issuing power should be taken from the banks and restored to the people, to whom it properly belongs.

Thomas Jefferson, (Attributed), 3rd president of US (1743 - 1826)

«Acredito que as instituições bancárias são mais perigosas para as nossas liberdades do que o levantamento de exércitos. Se o povo Americano alguma vez permitir que bancos privados controlem a emissão da sua moeda, primeiro pela inflação, e depois pela deflação, os bancos e as empresas que crescerão à roda dos bancos despojarão o povo de toda a propriedade até os seus filhos acordarem sem abrigo no continente que os seus pais conquistaram.»

Agenda

2009: Ano Europeu da Criatividade e Inovação



sexta-feira, janeiro 02, 2009